INTERNETÊS

No dia 01 deste mês tivemos aula com a profª Glaucia, que comentou sobre a nova linguagem que surgiu com o uso da internet: o Internetês. A nossa Língua Portuguesa ao longo dos anos sofreu muitas modificações. Um exemplo típico disto é a palavra você, que surgiu nada mais da expressão Vossa Mercê, que mudou para vois mecê, e assim foi até surgir o você. E na linguagem internetês ela aparece como vc simplesmente. Todos nós costumamos "engolir" letras ao falar, não é mesmo? Isso não é novidade. E a todo momento surgem novas palavras. Lembram do "imexível"? daquele ministro que nem lembro mais o nome. Existem até alguns grupos que têm uma linguagem específica que é completamente incompreensível para quem é de fora. Criaram uma variação lingüística, uma espécie de dialeto. E o mesmo está acontecendo no meio tecnológico. É muito comum, os jovens principalmente, utilizarem as palavras desta forma: blz (beleza), D+ (demais), kra(cara), naum (não) e por aí vai. Às vezes pode até confundir a pessoa que não está acostumada. Nas aulas de lingüística do meu curso de graduação aprendemos sobre as variações lingüísticas e que é preconceito dizermos que isso é certo ou errado. Devemos respeitar os usuáriosda linguagem, só que os alunos têm de saber que no espaço da escola ele deve utilizar a linguagem dentro da norma padrão. Isso tem de ficar bem claro. Eu penso que se o aluno for bem orientado e cobrado para que seja desta forma lá na escola, isso não será motivo de preocupação. Acho que a imagem que deixo representa bem o que deixei registrado. A solução para isso é a exigência do uso da língua padrão e ponto final.

PROFESSOR VALENTE

Eu não poderia esquecer de fazer esse comentário, embora um pouco atrasada. Este é o Professor Dr. José Armando Valente, que tem um vasto currículo na área da Informática e autor de livros. Tive a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente no dia 10/08 quando ele esteve na Unerj para um Seminário em Educação, que se estendeu até o dia 11. Com ele recebemos muitas informações importantes sobre o uso da informática nas escolas, entre elas: as TICs valorizam o indivíduo, questionam o que é inteligência, distinguem ensino e aprendizagem, questionam o papel da escola e o do professor e, principalmente, demandam mudanças. E essa mudança não significa só formar o professor e não acontece por decreto. Deve ser construída pela comunidade escolar, envolvendo alunos, professores, diretores, especialistas, comunidade de pais. Uma coisa interessante que ele falou: O que devo adicionar para entender o processo de compreeensão? Criar situação-problema para resolver. Ele nos apresentou as distinções sobre a aprendizagem tradicional e a aprendizagem para a sociedade do conhecimento. Na tradicional vemos somente o ensino, na outra o aprender; na tradicional só o repasse de informações e na outra o conhecimento; na tradicional o simples fazer e na outra o compreender. A partir disso, como preparar cidadãos para a sociedade de conhecimento? Que tipo de educação é necessária? E responde: uma educação que permita: aquisição de conceitos; domínio da tecnologia; desenvolvimento de certas habilidades como autonomia, responsabilidade, disciplina; desenvolvimento da capacidade de aprender continuadamente ao longo da vida. É isso aí. Com certeza o que ele nos trouxe é de suma importância. Valeu!!

CAMINHANDO...

"Uma grande caminhada começa com o primeiro passo." Pois é, sempre devemos ir em busca de nossos ideais sempre na busca de algo melhor, de algo que nos proporcione felicidade. O curso de Informática está me proporcionando isso. Com o passar do tempo vamos agregando novas informações e aumentando nosssa bagagem de conhecimento. Nesse final de semana tivemos mais aulas presenciais. Tivemos a oportunidade de apresentar os slides sobre o tema proposto pela profª Suely. A minha equipe era formada pela Joanita, Méri e Lisete e o nosso assunto foi Análise de conteúdo, do discurso e da narrativa. A montagem dos slides aconteceu no espaço virtual e cada uma da equipe ia acrescentando novas informações. Durante o período programado para a execução da tarefa acontenceram mais imprevistos, como a mudança da Joanita que foi para uma nova casa; eu fiquei de cama por conta de uma gripe e a Méri que teve problemas de dores de cabeça muito fortes. Mas, a equipe conseguiu finalizar a tarefa dentro do prazo determinado. Assistimos aula com o prof. Gascho que nos mostrou com muita sabedoria como devemos olhar para todas essas novas tecnologias que estão surgindo. Um olhar mais crítico e que nos leve a ver o que será melhor para o aluno. Voltar o olhar em função da necessidade humana em exercer a comunicação em favor da sua emancipação. Não estou muito acostumada ao lado filosófico das coisas, mas me chamou a atenção o exposto pelo professor. A filosofia nos leva a uma reflexão em torno do que podemos conhecer, e todas as pessoas que refletem as questões filosóficas são um pouco filósofas, mas isso não quer dizer que desempenhamos a função de intelectuais. Cito aqui Gramsci, pois achei pertinente: "O fato de que alguém possa em determinado momento fritar dois ovos ou costurar um buraco do paletó não quer dizer que todo mundo seja cozinheiro ou alfaiate". Então, eu penso que o importante é perguntar sobre o lugar da informática na sociedade, sobre sua implicação para os alunos, pois pouco ou nada adianta o mero acesso à informação se não estamos preparados para construir relações de conhecimento e aprendizagem a partir dela.